Transição da indústria automotiva para os veículos elétricos e a evolução técnica das blindadoras para acompanhar o movimento

Compartilhe:
Transição da indústria automotiva para os veículos elétricos e a evolução técnica das blindadoras para acompanhar o movimento

Janeiro de 2024: A indústria automotiva sempre foi marcada por dinamismo e inovações e, neste momento, a transição que acontece no Brasil se dá em volta dos carros elétricos. Apesar de ser um nicho de mercado que ainda não se destaca pelo volume de produção, já é possível observar um exponencial crescimento da demanda, tendo entre os fatores de impulsionamento a constante alta no valor dos combustíveis, além do maior engajamento social à consciência ecológica.

É claro que existem alguns questionamentos nessa atual fase de transição, como se o alto custo praticado na comercialização desse tipo de veículo se manterá, se a manutenção será acessível e até mesmo se haverá mobilidade suficiente, com postos de recarga rápida que viabilizem maior autonomia a eles. Ainda assim, aqui no Brasil, a procura e o alto interesse por carros híbridos e 100% elétricos ocorrem em velocidade até maior do que a esperada, principalmente nas montadoras europeias, onde a participação desses modelos no portfólio de produtos tende a aumentar cada vez mais.

Diante desse cenário, se faz mandatório a atualização e especialização de toda uma base de suporte no curto e médio prazos, tanto das matrizes energéticas e de distribuição, como também da estrutura produtiva e de serviços, onde se insere a blindagem automotiva.

O setor de blindagem está capacitado?

Fábio Rovêdo de Mello, presidente da Câmara de Blindadores da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin) acredita que sim, justificando que “em 2013, teve oportunidade de acompanhar a blindagem de um automóvel híbrido, um Ford Fusion, o que permite afirmar que de lá para cá houve evolução nesse tipo de adaptação e aprendizado”.

Contudo, Fábio ressalta que “embora os profissionais “aptos” já partam de uma base técnica sólida, com experiência e com treinamentos e atualizações

constantes, é muito importante que haja a busca de um intercâmbio técnico com profissionais da área, uma vez que ainda não existe regulamentação específica sobre a habilitação de tais profissionais para a manutenção em veículos elétricos e híbridos”.

“Assim, cabe às empresas de blindagem a realização de programas de treinamento e de busca de conhecimento contínuo para os seus técnicos e integrantes do departamento de engenharia”, ressalta Fábio.

Recomendações básicas

Enquanto não há regulamentação específica, profissionais que atuam no manuseio e efetivação do processo de blindagem ou na manutenção de veículos híbridos/elétricos devem seguir algumas recomendações:

ü Isolamento da área onde será realizado o processo e manuseio das etapas da blindagem;

ü Sinalização do posto de trabalho, alertando sobre o manuseio em sistema elétrico de alta potência com placas indicativas;

ü Conscientização de toda a equipe sobre a necessidade de se isolar a área onde se encontra o veículo, de forma também a repassar a informação para eventuais visitas externas para se garantir a segurança;

ü Atenção para seguir o procedimento de “desenergização” recomendado pela montadora;

ü Realização do acompanhamento por dois profissionais para que seja adotada a “dupla revisão” dos procedimentos e assim garantir a excelência das práticas pré-estabelecidas / exigidas;

ü Zelo pela equipe, fornecendo “EPIs”, ou seja, equipamentos de proteção adequados, além da indicação da realização de treinamentos constantes e rigorosos.

O que está por vir

Ao observarmos os números da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) é possível compreender o tamanho desse mercado e dessa transição da indústria automotiva pela qual estamos passando.

De acordo com a entidade, somente no primeiro trimestre de 2022, os emplacamentos de veículos eletrificados cresceram 115% no país. Atualmente, a frota circulante de carros híbridos e elétricos por aqui é de 86.986 unidades (números até março deste ano) e, se o ritmo seguir acelerado, o Brasil deve alcançar 100 mil unidades ainda neste primeiro semestre. Em nível mundial, estima-se que em meados de 2031 a produção de modelos híbridos e elétricos ultrapassará os modelos com motores à combustão.

Neste cenário, vale lembrar que, no Brasil, muitos desses modelos entram na faixa denominada PREMIUM onde, justamente, também se localiza a maior fatia do segmento destinado à blindagem. Ou seja, as projeções reforçam a necessidade não apenas de constante atualização dos profissionais que atuam neste setor, como também de revisão rigorosa dos processos e cuidados adicionais nas linhas de produção das blindadoras e de seus fornecedores, bem como de alinhamento com as novas tecnologias e evolução que viabilizem infraestrutura de suporte.

O setor de blindagem nacional deve estar atento ao novo momento para que possa continuar sendo referência nessa área de proteção, acompanhando novamente a transição e o dinamismo da indústria automotiva.

 

Mais informações para a imprensa – Denis (11) 98726-2609

Deixe seu comentário

Associação Brasileira de Blindagem – Abrablin

Cerificada pelo exército brasileiro como representante autorizada de empresas do seguimento de blindagem.

Últimos Posts

Este site utiliza cookies para entregar uma melhor experiência de navegação ao usuário. Ler Política de Privacidade