Presidente da Abrablin alerta para perigos com a falsa sensação de segurança.
Julho de 2023: Em São Paulo, um dos crimes que têm assustado condutores de veículos e passageiros é o ataque de gangues que se aproveitam do trânsito parado para, com violência, quebrarem os vidros do carro e levarem carteiras, bolsas e, principalmente celulares das vítimas. O crime tem sido registrado em diversas ruas da capital paulista e, amedrontados, os cidadãos que podem estão investindo em proteção. É nesse cenário que ganham destaque os chamados vidro antivandalismo, com elevada procura. Contudo, quem busca esse recurso precisa saber de suas limitações. O alerta é da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin).
“Os vidros antivandalismo normalmente são compostos por um polímero que é adicionado às lâminas dos vidros originais. Esse material, então, consegue suportar ataques de armas brancas, ou seja, pancadas de pedras ou materiais como paus e martelos, impedindo que o agressor consiga invadir o veículo e levar os pertences de seus ocupantes. Agora, é importante lembrar que esse tipo de proteção não está imune ao ataque de armas de fogo, porque não garante qualquer tipo de eficácia a essa situação”, destaca Marcelo Silva, presidente da Abrablin.
Na blindagem automotiva, os vidros são completamente alterados. “Os vidros originais são descartados e dão lugar a outros de maior espessura. Isso acontece porque eles são compostos por diversas lâminas de vidros e polímeros intercalados, com quantidade de camadas que variam de acordo com o nível da blindagem definida”, explica Silva.
“Existe uma diferença não só com relação aos materiais empregados e na forma da instalação, como, principalmente, no grau de proteção oferecidos entre o vidro antivandalismo e o vidro blindado. Essa informação deve estar clara para o consumidor, de modo que não tenha uma falsa sensação de segurança, o que pode custar vidas em caso de tentativa de reações a ataques de criminosos com armas de fogo”, alerta o presidente da associação.
Blindagem segue em crescimento
O medo da violência urbana e a permanente sensação de insegurança nas ruas mantém em alta a demanda pela blindagem de carros. De janeiro a junho deste ano, foram blindados 13.936 veículos, número quase 20% maior do que o mesmo período de 2022 (11.710 blindagens automotivas), de acordo com a Abrablin. A entidade estima que a frota blindada no Brasil esteja em cerca de 325 mil carros.
O estado de São Paulo é o líder no ranking de blindagens do país. Segundo números do Exército Brasileiro, órgão responsável pela regularização do segmento, o estado paulista concentrou a blindagem de 11.810 veículos nos primeiros seis meses de 2023. Rio de Janeiro (834), Ceará (521), Pernambuco
(313) e Rio Grande do Sul (220) completam a lista dos cinco estados que mais blindaram no país.
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