Em parceria, Abrablin e IQA criam certificação de blindadoras
Selo deve ampliar confiança de
consumidor na escolha da empresa que blindará seu veículo; violência fez
blindagem automotiva bater recorde no Brasil
A Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), em parceria com o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), formalizaram a criação da Certificação de Blindadoras IQA/Abrablin. O objetivo é ampliar a qualidade do oferecimento do serviço e o desenvolvimento de projetos na área de blindagem automotiva, que não para de crescer no país. Em 2023, segundo a entidade que representa o setor, o Brasil blindou 29.296 veículos, aumento de 13% em comparação ao ano anterior, um recorde desde 1995, quando os dados passaram a ser divulgados. Hoje, a frota blindada brasileira estimada é de quase 340 mil carros.
“Se, por um lado, a demanda é crescente, por outro, é preciso subir a régua para que empresas que não realizem o trabalho seguindo todas as diretrizes exigidas tenham dificuldades de se manter atuantes no setor em alta. Nesse sentido, a criação do selo IQA/Abrablin servirá para certificar as blindadoras associadas e diferenciá-las do mercado em geral, ao comprovar sua capacidade técnica por meio de um escopo de processos de verificação. Isso certamente deixará o consumidor mais seguro e mais confiante de que está fazendo uma boa escolha. Acreditamos que essa ação aumentará o padrão de qualidade na prestação desse tipo de serviço”, destaca Marcelo Silva, presidente da Abrablin.
Além do Selo, a parceria entre as entidades também facilitará a promoção e o desenvolvimento de cooperação técnica, visando à troca de experiências e de conhecimentos, além do oferecimento de cursos no segmento.
Para Alexandre Xavier, superintendente do IQA, “a parceria estratégica vai abrir novas portas para a qualidade no setor automotivo, em especial no mercado de blindagem automotiva, o que proporcionará elevar o nível de segurança e a qualidade nesse segmento, fortalecendo a confiança dos consumidores e contribuindo para impulsionar o setor”.
De imediato, a certificação já começa com a adesão de pelo menos dez blindadoras, “e outras logo devem encorpar esse grupo em busca de garantir um mercado de qualidade e com o compromisso de dar ao consumidor o que ele mais busca na blindagem: a efetiva proteção”, conclui Silva.
Necessidade de mão de obra qualificada
Para receber a blindagem, o automóvel passa por um processo complexo de desmontagem e remontagem que necessita de mão de obra especializada, principalmente em razão das tecnologias cada vez mais inseridas pela indústria automotiva, incluindo os carros híbridos e elétricos que cada vez mais estacionam nas blindadoras para o serviço de proteção.
As empresas que atuam com este tipo de produto e de serviço devem estar devidamente registradas junto ao Exército Brasileiro, órgão que regulamenta e fiscaliza o setor no país. Somente com o Certificado de Registro (CR) elas podem atuar dentro da legalidade. As empresas que fabricam produtos balísticos também precisam submetê-los a testes balísticos aplicados pelo Centro de Avaliação do Exército (CAEx). Após o teste, o Exército emite um Relatório Técnico Experimental (ReTEx) aprovando o material. As fabricantes podem vender os produtos apenas para blindadoras registradas e estas somente podem usar materiais que tenham o ReTEx.
A blindadora ainda precisa de uma autorização específica da Região Militar (RM), onde a empresa está registrada para cada veículo que for blindar, com o intuito de evitar que carros blindados sejam utilizados por pessoas não idôneas.
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